quarta-feira, 11 de maio de 2011

III Encontro de Família - Vila Paraiso - Paraiso do Sul/RS - 9 de outubro de 2011

Data: 9 de outubro de 2011 - Início: 8:00h

Local: Pavilhão de Festas da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB de Vila Paraíso - Paraiso do Sul/RS

Reservas de almoço: Até 1 de outubro de 2011 com Nestor Hugo Schünemann. Fone 0xx 55 9981-7799

Contatos e informações:

Nestor Hugo Schünemann - Fone: 0xx 55 9981-7799 - Linha Contenda - Paraíso do Sul/RS

Adolfo Werner Weimer - Fone: 0xx 55 9104-3062 - Augusto Pestana/RS

Rolf Schünemann - 0xx 11 4513-9339 - e-mail: rolfschu@uol.com.br - Mauá/SP

Dorothéa S. Miranda - Fone 0xx 21 3874-7931 - Rio de Janeiro/RJ

Erica e Kurt Schneider - Fone: 0xx 55 9974-7931 - Augusto Pestana/RS

Ivone Buske e Cláudio Schünemann - Fone: 0xx 55 9961-5752 - Agudo/RS


Sugestões de Hotéis:

Paraíso do Sul:
 Hotel União Avenida 1º de Janeiro nº 604 Fone 0xx5532621117
 Hotel Bela Vista RSC287 Km189 Fone 0xx5532621075. 
Agudo:
 Hotel Germânico Avenida Concórdia nº 2184 Fone 0xx5532651341
Hotel Bel Recanto Avenida Concórdia nº1161 Fone 0xx5532651202.

Participe deste encontro. Conheça a sua história. Conheça as suas origens no Brasil. Vá ao Paraiso - berço da família Schünemann no Brasil.
Programe-se para encontrar ou reencontrar parentes de perto e de longe.

II Encontro de família - Prédica Pastor Dr. Rolf Schünemann

140 anos da família Schünemann no Brasil
Augusto Pestana -  11 de outubro de 2009
Culto de Ação de Graças


Prezados irmãos e irmãs na fé!

Em primeiro lugar quero expressar os meus agradecimentos à comunidade local pela acolhida proporcionada a todos nós neste dia festivo.

Hoje é dia de render graças a Deus pela vida de centenas de pessoas que nos antecederam. Pessoas que fizeram parte de um processo migratório ocorrido há 140 anos atrás. A saída da Pomerânia, na então Alemanha Oriental, para o sul do Brasil faz parte de um fenômeno comum na história humana. Milhões de pessoas migraram ao longo dos séculos e ainda hoje o fazem.

A Secretária da ONU – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - , Sra. Jani Klugman, afirmou nesta semana, por ocasião da divulgação de mais um relatório sobre migrações no mundo, que a mobilidade, o movimento humano é um elemento fundamental do desenvolvimento. Dizia ela que a mobilidade faz parte das liberdades fundamentais do ser humano. O movimento humano seria parte do exercício da sua liberdade.

Sabemos que nem sempre as coisas ditas desta forma são assim na realidade. Existem pessoas que migram de forma voluntária, mas existem inúmeras pessoas que o fazem, levadas por pressões de todo tipo. O deslocamento pode ter motivações políticas e econômicas. Existem pessoas que saem de sua terra natal por causa da falta de liberdade política ou religiosa, mas, em grande parte, o fator que leva à mobilização é o fator econômico. Mesmo as guerras ou catástrofes climáticas tem a ver com o econômico. A busca do pão de cada dia para si e seus filhos move as pessoas. Os nossos antepassados fizeram parte do processo em que milhares de sem-terra ou bóia-frias da Alemanha chegaram ao Brasil. Zigmunt Bauman denomina estes contingentes de sobras ou resíduos humanos.

As pessoas que migram são pessoas que tem as suas crenças religiosas. Em suas expressões culturais, a religião está presente com seus ritos, festas, cânticos e objetos sagrados. Tudo aquilo que dá sentido a sua existência e orienta a sua vida no dia-a-dia está presente nas crenças e nos valores religiosos. Neste sentido as migrações até serviram para a difusão e divulgação de crenças pelo mundo.

Assim foi com o cristianismo em seus inícios. Os deslocamentos e as migrações dentro do império romano ajudaram na propagação da fé cristã para além do Médio Oriente. O mesmo aconteceu, por exemplo, com as religiões orientais pela vinda de japoneses ao Brasil. Ou então acontece com o retorno dos muçulmanos à Europa hoje. A expansão da Assembléia de Deus pelo Brasil tem a ver com o surto migratório decorrente da crise da borracha nos anos 30 do século passado no norte do Brasil. O fluxo migratório seguiu primeiramente até o nordeste, depois chegou ao sudeste e finalmente a todo o país.

E nós, evangélico luteranos, estamos aqui hoje porque as gerações que nos antecederam foram evangelizadas  primeiramente há 800 anos. Depois aderiram à Reforma luterana, 450 anos atrás, graças ao trabalho de um colaborador de Lutero chamado Johannes Bugenhagen.

Lembro uma cena da minha infância. Como crianças tínhamos um lugar definido por ocasião das visitas de parentes adultos - o quintal. Mesmo assim achávamos um jeito de acompanhar as conversas dos adultos. Certa vez ouvi uma tia-avó (e tínhamos muitas!) dizer para a minha avó paterna que ela estava sendo abordada seguidamente por uma pessoa adepta das Testemunhas de Jeová. Para colocar fim à situação ela lhe teria dito: “Eu tenho a minha fé. Sou evangélica. Fui batizada. Sei os mandamentos, o credo, o pai-nosso e também sei que Lutero fixou as 95 teses no castelo de Wittenberg. Eu não vou largar a minha igreja!”  Esta expressão calou fundo dentro de mim. Uma confissão de fé singela, um testemunho claro e uma identidade religiosa evangélica bem definida.

O cenário atual aponta para diversas identidades cristãs ou religiosas. Esta celebração, nesta comunidade e neste templo, não quer desconsiderar ou desrespeitar nenhuma delas. Se descendentes de nossos antepassados assumem uma identidade de fé diferente, isso é parte da dinâmica da vida. Não nos cabe julgar. Apenas respeitar.

Neste culto não cultuamos pessoas ou antepassados. Estamos aqui para expressar a nossa profunda gratidão Deus, o doador e mantenedor da vida. Isso cremos e afirmamos em nossa fé. Agradecemos por nós, e por tantos descendentes ausentes, por fazermos parte e sermos também fruto de uma história de ruptura, de abandono de um espaço de vida em direção a um outro contexto geográfico – o contexto brasileiro.

Este culto, este evento de congraçamento não quer comunicar que somos melhores ou superiores a outras familiares que seguiram caminhos semelhantes. A melhora na nossa auto-estima e no valor próprio são importantes para encarar os desafios do dia-a-dia. Cria uma identidade pela conexão entre os esforços e lutas passadas e o presente. Agora, quando esta afirmação se transforma em orgulho e sentimento de superioridade, semeia-se o veneno da exclusão, do desrespeito e da discriminação que, como sabemos, corrói as relações humanas.

O que toda essa história tem a ver com a fé cristã?  A tradição bíblica é o registro, o testemunho de como pessoas migrantes e em movimento experimentaram, com altos e baixos, a fé em Deus. Um povo relativamente pequeno no Oriente Médio moldou e cristalizou uma fé que fez e faz sentido para milhões de pessoas. A fé em Jesus Cristo deita raízes na tradição de um povo que anda, que se movimenta e se desloca no espaço geográfico. Nesta itinerância, a cada dia, a cada estação, a cada ano encontra motivos de gratidão. Apesar de doenças e mortes, de tensões e conflitos, homens, mulheres, jovens e crianças agradecem e renovam a sua confiança em Deus.

Leitura de Romanos 4. 16-18.

Abraão é apresentado como exemplo, como modelo de alguém que sai de sua terra por causa de uma promessa. O que ele leva consigo? O que faz parte de sua caminhada? A fé que espera. Em meio às contrariedades, às dificuldades e problemas Abraão creu que as adversidades poderiam ser superadas.

Li nestes dias uma pequena história. Dois amigos se encontram e começam um diálogo.

- Sabe de uma coisa? As pessoas se acostumam e repetem aquilo que vêem em um filme e esquecem a realidade.
- Não estou entendendo?!
- Você se lembra do filme “Os Dez Mandamentos”?
-Ah! Sim. Aquele em que Moisés levanta o cajado, as águas se abrem e o povo passa pelo mar Vermelho.

- Aí  é que você se ilude. Na Bíblia está escrito de forma diferente. Lá diz que Deus disse a Moisés: Diga aos filhos de Israel que marchem (Êxodo 14.15) . Depois que o povo se colocou em movimento é que Moisés levantou o seu cajado e as águas se abriram.

Prezados/as irmãos/ãs! O caminho se abre para quem tem a disposição de caminhar.

A partir da fé cristã reconhecemos e confessamos que somos transitórios, provisórios, caminhantes que dizem não ter cidade permanente, mas buscam a que está a sua frente (Hebreus 13.14). Se olharmos para os 140 anos, o que é a nossa vida? Muito pouco. Somos gratos porque podemos seguir nos passos da fé daqueles que nos antecederam. Podemos ser gratos porque podemos crer e esperar quando muitas vezes não há mais razões para isso. Somos filhos/as da promessa que se realiza e, ao mesmo tempo, filhos/as da promessa que está diante de nós. Temos na história familiar expressões e exemplos de centenas de pessoas que, apesar de sua precariedade, se voltaram e se voltam continuamente para o Autor da Vida e encontram forças para seguir em frente.

Que a graça de Deus acompanhe a nós e nossos filhos neste caminho! Amém.


II Encontro de família - 140 anos - Augusto Pestana/RS - 11 de outubro de 2009

No dia 11 de outubro de 2009 acontecerá um encontro para lembrar os 140 anos da imigração de famílias com o sobrenome SCHÜNEMANN.
Local: Centro Comunitário da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Santo André
Augusto Pestana - RS - Veja mapa clicando aqui.
Início: 8:30h
A programação detalhada será divulgada proximamente.
Informações:
Paraíso do Sul: Nestor Hugo Schünemann
Linha Contenda - Vila Paraiso
Tel.: (55) 9981-7799
Augusto Pestana: Adolfo Werner Weimer
Rua José Norbert, s/n
Tel.: (55) 9104-3062
Brasil Sudoeste: Gustavo Adolfo Schünemann
Rua Marte, 180 - Jardim do Sol
13.085-220 - Campinas - SP
Tel.: (19) 3287-4883
Novo Hamburgo: Egon Eduardo Schünemann
Rua Carlos Gomes, 340
93.315-040 - Novo Hamburgo - RS
Tel.: (51) 3595-1850
Reservas para almoço no Centro Comunitário até -01-10-2009 com Adolfo Werner Weimer
Hotéis Ijuí-RS
Jardim Europa - Tel.: (55) 3332-8585 -
E-mail: reservas@hoteljardimeuropa.com.br
Hotel Vera Cruz - Tel.: (55) 3332-8055 -
E-mail: atendimento@hotelveracruz.com.br
Hotel Balneário Fonte Ijuí (Spa) - Tel.: (55) 3332-7550
Hotel Iru - Tel.: (55) 3332-7955 / 7584
http://www.hoteliru.com.br/

Hotel Augusto Pestana-RS
City Hotel (Rodoviária) - Tel.: (55) 3334-1855

Recomendação aos que vão utilizar avião: Adquiram as passagens com antecedência.
Para entrar em contato com o blog escreva para: schunemann.brasil.140anos@gmail.com

Alocução no cemitério - Pastor Gustavo Adolfo Schünemann - 15 de maio de 1969

Auf dem Friedhof zu Augusto Pestana gehaltene Ansprache von Pfarrer Gustav Adolf Schünemann.

Liebe Verwandte!

Eigentlich muessten wir jetzt in Paraiso do Sul an den Graeben von Helmuth und Rudolf Schünemann zur Kranzniederlegung aus Anlass der Hundertjahrfeier ihrer Einwanderung nach Brasilien versammelt sein. Da dies aber aus verschiedenen Gruenden nicht moeglich war, stehen wir hier am Grabe von Eduard Schünemann, Sohn von Helmuth, und gedenken damit zugleich auch der Wanderung nach Cadeado einiger Schünemanns vor 60 Jahren.

Wenn wir hier heute Kraenze niederlegen, so tun wir das im Gedenken an die Pioniere der Einwanderung und all unserer Vorfahren, die nicht mehr unter uns weilen. Wir tun es in Dankbarkeit fuer all das, was sie fuer uns gewesen sind und uns vermittelt haben durch ihr Vorbild, Sein und Wesen.

Im Rueckblick auf die Einwanderer und ihre Nachkommen, auf
unsere Vorfahren, stellen wir fest, dass sie immer mit wenigen Ausnahmen grossen Wert auf Schule und Kirche gelegt haben. Dies zeigt sich in ihrem Einsatz, ihren Opfern und Fuersorge an jedem neuen Ort, wo sie als Pioniere gewirkt haben. Ihnen lag nicht nur das materielle, sondern auch das geistige und geistliche Wohl der Sippe und ihrer Mitmenschen am Herzen. Darum rodeten sie nicht nur den Urwald und verwandelten ihn in bluehende Kolonien, sondern sie sorgten auch fuer Kirche und Schule in taetigem Einsatz und sichbarer Hilfe. Die Wertschaetzung von Kirche und Schule zeigt sich auch darin, dass eine Reihe von Gliedern einiper Ganerationen bis zu uns den Pfarr und besonders den Lehrberuf ergriffen haben. Sie ist auch sichtbar geworden in der Uebernahme von Aemtern in Vorstaenden von Kirchen und Schulgemeinden. Eine beachtiche Anzahl von Verwandten von Anfang bis jetzt zum heutigen Tag hat darin Dienst getan.

Unsere Vorfahren und verwandten Zeitgenossen haben ganz bestimmt immer wieder tatkraeftig in Kirche und Schule gewirkt, weil sie den Wert der Bildung und des Glaubens erkannten. Sie haben dadurch einen grossen Beitrag fuer das eigene Bestehen und Vorwaertskommen aber auch fuer die Entwickluug des Landes geleistet. Sie haben an Kind und Kindeskind das Glaubensgut vermittelt und in die Begegnung mit dem Herrn Jesus Christus ueber das Hoeren und Annehmen des Wortes Gottes gefuehrt, der uns ewiges Leben Schenken will.

Heute an der Hundertjahrfeier der Einwanderung von Helmuth und Rudolf Schünemann werden wir all ihre Nachkommen und Verwandten hier in unserem Vaterland Brasilien an unsere Pflicht erinnert, uns auch in aller Treue zu unserem Erbe zu halten. Wir sind insbesondere gerufen zur Taetigkeit in Kirche und Schule, zur Vermittlung von Bildung, zum Festhalten am Glauben und zur Ausbreitung des Evangeliums von Jesus Christus.

Hier an den Graebern unserer Vorfahren werden wir erinnert an
die Vergaenglichkeit alles Irdischen zugleich aber auch durch das Kreuz auf jedem Grab an den Sieg Jesu Christi durch seinen Tod und Auferstehung zur Vergebung unserer Suende und zu unserer Auferstehung und ewigem Leben. Das Wort unseres Herrn und Heilandes Jesus Christus: "Ich lebe und ihr sollt auch leben" - das ueber alle Vergaenglichkeit hinausweist in die Unvergaenglichkeit - moege darum von uns allen als wahres Evangelium, als rechte frohe Botschaft, im Glauben angenommen werden. Moechten wir darin Trost und wirklichen Halt haben!

Prédica Pastor Arthur Gaelzer - 15 de maio de 1969

Predigt gehalten am 15. Mai 1969 Pfarrer Arthur Gaelzer


Predigt über Tobias 5.23:

“So zieth nun hin; Gott sei mit euch auf dem Wege und seine Engel geleiten euch!”


Liebe Angehörigen Schunemann! Liebe Gemeinde!

Wir gedenken heute der 100 jährigen Ankunft der Stammväter Schünemanns, die zahlreich sind, und zum grössten Teil hier in diesem Gottesdienst zugegen sind. Es war gewiss nicht leicht für Eure Urgrosseltern und Eltern, als sie sowohl in Paraiso do Sul wie hier in Cadeado ankamen und anfingen. Der Abschied in der alten Heimat war sehr schwer; schmerzlich und leidvoll. Denn in der Regel war solch ein Abschied, ein Abschied für immer auf dieser Erde. Wenn nicht ein starker Glaube und ein grosses Gottvertrauen ihnen Trost und Kraft gegeben hätte, so hätten sie nicht überwinden und überstehen können. Ihr Glau­be hat sie erfahren lassen, dass der Allmächtige Gott sie wie ein getreuer Hirt über steile Höhen und dunkle Täler geleitet und in manchen Gefahren behütet hat. Ihr Glaube, ihr Gottvertrauen war es, was sie hat Überwinden lassen. Sie hatten es schwer, sehr schwer im Verhältnis zur heutigen Lage. Und dann hat Gott es so gefügt, dass sie hier eine Heimat gefunden haben. Sie mussten sich ja völlig umgewöhnen.

Stellen wir uns einmal vor; sie kamen aus einem hochkultivierten Land, hatten verhältnismässig leichtes Arbeiten. Sie konnten am geistes und Kulturleben teilnehmen, hatten gute Schulbildung durchgemacht, beteiligten sich am Gesang, hatten sonntäglich Gottesdienst. Und hier fanden sie von alldem nichts, auch garnichts vor. Die Zukumft lag dunkel vor ihnen; was sollte nur werden ohne geistigen Beistand. Mit Schmerz denken wir an manches zurück. Da sind es gerade die uns so viel zu sagen haben. Sie haben euch und uns allen ein grosses Erbe hinterlassen in ihrem Glauben und ihrer Eigenart, Sitten, Gebrauchen, Sprache und Kultur. Gott hat sie geführt und geleitet. So wie Gott einst zu Abraham gesprochen hatte: "Gehe aus deinem Vaterland und von deiner Freundschaft, in ein Land, das ich dir zeigen will", so hat Er auch zu euren Voreltern gesprochen. Sie gingen. Und ihr Nachfahren gedenkt heute eurer unvergesslichen Eltern, Gross und Urgrosseltern. Es war ihnen sehr schwer ums Herz, aber es gab kein Zu­rück, nur ein Vorwärts. Gott wollte es so! Das müssen auch wir erkennen "Gott will es so". Und damit können auch wir alle Schwierigkeiten Überwinden.

Gott hat es so geführt, dass eure Vorfahren eine neue Heimat fanden, zuerst in Paraiso, später in Cadeado. Schwer, sehr schwer hatten sie es im Anfang, sowohl in Paraiso wie in Cadeado. Sie nahmen es ernst mit ihrem Christentum. Deshalb ist es auch zur Gründung christlicher Gemeinden gekommen. Eure Vorfahren wie wir alle wissen, bezw. wussten, es viel zu gut, dass wir hier keine bleibende Stadt haben, sondern die zukünftige suchen wir. Die Zeit ist über alles hiewegegangen. Mit der alten zuende gegangenen Zeit, ist eine neue Zeit angebrochen. Aber wir tun gut, wenn wir Rückschau halten auf das, was gewesen ist, aus der Vergangenheit lernen für die Zukunft. Für uns alle ist ja jeder Tag im Grunde ein grosses Wagnis. Wir wissen nicht, was der nächste Tag uns bringen wird. Jeder neue Tag führt uns in unbekanntes Neuland. Wir sind Wanderer zwischen zwei Welten.

Wir ziehen unsere Lebensstrasse, und da ist es gut, wenn uns die Tobiasworte zugerufen werden: "So ziehet hin, Gott sei mit euch auf dem Wege, und sein Engel geleite uns". Wir können nur dann einen Segen haben auf unserer Lebensstrasse, wenn wir uns von Gott behütet wissen, und wenn Gott mit uns auf dem Wege bleibt. Wir fragen oft, was es noch werden soll, wohin die Menschheit steuert. Es gibt aber so etwas wie ein Ruf Gottes an die Menschheit, dass Er jeden fragt, Mensch, wo bist du? Aber hört die Menschheit auch auf den Ruf Gottes? Manche meinen einen solchen Ruf gäbe es nicht. Und doch klingt Gottes Ruf genau so wie einst im Garten Eden: "Adam, bist du? Dieser Ruf ist an den ersten Menschen Adam gegangen, weil er nicht da war, wo er sein sollte, nicht da, wo Gott ihn haben wollte. Er war auf verlorenen Wegen gewandelt, wo Gottes Majestät und Herrschaft ihm unerträglich wurde. Er wollte Gott weder sehen noch hören, und verbarg sich im Dickicht der Bäume wie ein Verbrecher, der dem Arm des Gesetzes entrinnen möchte.


Gerade hier hören wir zum Erstenmal diese seltsame,fast unglaubliche Botschaft, dass Gott aus geht, um einen verlorenen Menschen, der sich aufgegeben hat, zu suchen, und ihn mit den Worten: Wo bist du?" aus seinem Versteck herausholen will. Jesus ist in unser Fleisch und Blut eingegangen; hat uns mit seinem Sterben und Auferstehen errettet. Ist nach vollbrachten Erlösungswerk dahin zurückgekehrt, von wo Er gekommen war, und ist nun bei uns alle Tage unseres Lebens. Und wenn wir Ihm auch davon laufen wollen, Er ist auf der Suche nach uns.

Wo bis du? deshalb fliehst du vor wir? Ich meine es nur gut mit dir. So ist es; Gott meint es nur gut mit uns, und sucht uns. Das merken wir auf Schritt und Trit. Das sehen wir aus der Hl. Schrift. Ja, Gott sucht die verlorene Menschheit in ihrem Versteck der Sünde. Er sucht dich und sucht mich.

Die grosse Weltumspannende und weltumwandelnde Botschaft  tritt uns schon auf den ersten Seiten der von vielen so verachteten und bekämpften Bibel entgegen. Gott ruft und sucht die verlore­ne Menschheit in ihrem Versteck. Er sucht dich und sucht mich. Lassen wir uns doch von ihm finden. Lasset euch rufen und finden, heute, an diesem denkwürdigen Tage Eurer Vorfahren; in Dankbarkeit beugt Euch unter Gottes Ruf. Haltet die Vorfahren in Ehren, ahmt ihr gutes Beispiel nach, dann ist der Segen Gottes mit euch, und ihr werdet zum Segen eurer Nachkommen.- Amen.

Alocução de Walter Carlos Schünemann - 15 de maio de 1969

Ansprache Walter Carlos Schünemann


Liebe Verwandten!

Ich möchte nun alle herzlich willkommen heissen, alle die hier wohnhaft sind und diejenigen, die aus den verschiedensten Gegenden unseres Staates hier herkamen, und gleichzeitig möchte ich auch Dankwörte an meinem Grossvater richten, auf dessen Bitte und Anregung hin diese Hundertjahrgedenkfeier heute stattfindet.

Wir werden anschliessend durch einen Sprechchor und einen Singchor kurz die Geschichte der Familie Schünemann darstellen: Herkunftort, Einwanderung nach Brasilien und die ersten Siedlungen im Staate RGS: Paraiso do Sul und Cadeado heute Augusto Pestana.

Als Nachkomme von Helmuth Schünemann möchte ich nun, nach 100 Jahren seiner Ankunft in Brasilien, zusammen mit seinem Bruder Rudolf, auf die Bedeutung unseres heutigen Zusammenseins hinweisen. Betrachten wir den hundertjährigen Verlauf der Familiengeschichte, so kommen wir auf den Gedanken des NEUWERDENS, der ständigen Neugestaltung des Lebens: die Vorfahren verlassen die alte Heimat und wenden sich einer neuen Heimat zu. Aber auch die ersten Siedlungen im neuen Lande werden allmählich zurückgelassen und weiter geht's, andere Welten zu erschliessen. Und so wie jede Blüte zur Frucht strebt, und jeder Morgen sich nach dem Abend sehnt, so kennzeichnet der Wandel die Familiengeschichte, das ständige Treiben nach dem Neuen, nach dem ewigen Werden. Und das erweist sich als das MENSCHLICHE selbst, das ewige Sehnen nach dem Leben, nach dem Bewusstwerden des Menschensinns in dem Strom des Lebens.

Nicht das Festhalten an der Vergangenheit, nicht die Einkapselung in der beschränkten Welt der Vergangenheit Tradition ist dem wahren Menschen eigen. Die Tradition zeigt sich nur als Leitmotiv für den Weg in die Zukunft, nicht als Zufluchtsstätte aus der Gegenwart in die Vergangenheit. Folglich dient die Familiengeschichte uns als Grundlage unseres Bewusstwerdens in der Geschichte, in der brasilianischen Geschichte.

Das Überleben in den Kindern führt das väterliche Erbe in seiner Wesenheit fort, wird aber immer wieder durch den kulturellen, geschichtlichen Hintergrung, in dem ewigen Trieb zum Wandel, durch neue Ansichten überprüft. Denn sobald wir einem Lebenskreise eingewohnt sind, so droht das Erschlaffen und das Veraltern. Doch der Reiz des Neuen, die Hoffnung auf eine menschliche Gestaltung der Lebensbahn treibt immer wieder nach Zeugung, nach Geburt. Und jeder neuer Anfang hat einen Zauber, der uns schützt und der uns hilft zu leben und so die schwere Bahn in eine herrliche Lebensbahn verwandelt.

Der Mensch ist keine feste und dauernde Gestaltung,
er ist vielmehr ein Versuch, ein dauernder Übergang zur Menschenwerdung. So kann der Mensch auch nicht seine Vergangenheit in versteinten Weltanschauungen mumifizieren und sie ständig als Grundzug der Gegenwart und der Zukunft erhalten. Jede Geburt bedeutet Trennung, und jede Trennung eine Absonderung vom Alten und ein Streben nach dem Durchbruch.


Auf Grund des ständigen Treibens unserer Familie
seit der Ankunft der Vorfahren haben wir einen geschichtlichen Hintergrund gebildet und im Spiegel der Geschichte blicken wir hinaus über das nun Gegenwärtige. Der Verlang der zukünftigen Geschichte im Ganzen gesehen ist uns völlig ungewiss. Aber auf Grund unseres geschichlichen Bewusstseins werden wir immer wieder angeregt zur direkten Teilnahme an den weiteren Verlauf. Weil wir nicht wissen wie die Zukunft sein wird, so dürfen wir doch hoffen, indem wir tuen, was wir können, der Zukunft mit Festigkeit entgegentreten zu können, im Denken und im täglichen Handeln, aus der Gewissheit unseres Ursprungs.


Das aber bedeutet, dass wenn wir Geschichte und Ge­genwart überblicken, wir nicht nur unser Wissen befriedigen, nicht nur unsere Anschauung von Grösse sind Niedrigkeit des Menschen und von der Ausdauer seiner Kräfte und seines Willens erweitern. Das WESENTLICHE ist, dass die Vergangenheit, die Geschichte, das Erbe der Vorfahren in uns die VERANTWORTUNG weckt zum zukünftigen Handeln. Die Geschichte ist aber auch immer Gegenstand unseres Urteils. Und wir müssen uns entscheiden, wen wir folgen und was wir verwerfen. So sind wir verantwortlich zum Mitbestimmen einer Zukunft aus dem durch unsere Geschichte Gegebenen. Wir sind verantwortlich dafür, welche Aufgaben wir als die unsrigen erkennen.


Und in dem Masse als wir durch das Bewusstsein unserer Aufgabe zu uns selbst kommen und in dem Grunde der Dinge blicken, ist das Erbe aus der Vergangenheit unser Leitfaden. Die Vergangenheit hat die Unumgängliche Brücke, über die wir durch unser eigenes Tun und erfahren zu dem gelangen, was eigentlich des Menschen Wesenheit ist. Ohne unser Bewusstsein in der Geschichte haben wir keinen zugang zu dem hin, was wir sind. Ohne Vergangenheit können wir nicht von dem Grunde hören, dem wir entstammen und der uns trägt.

Eng mit dem Gedanke der Verantwortung ist auch der Gedanke der Erziehung verbunden. Erziehen bedeutet in einem höheren Sinn dem Mitmenschen Verantwortung übertragen. Und Erziehung ist nur von dem Augenblick an möglich, an dem wir uns in unserem Menschsein erkannt haben das menschliche  Dasein uns als geschichtlich bewusst geworden ist.


Aus Bewusstwerden und Erkenntnis unserer Vergangenheit und aus Erziehung unser selbst und der Nachkommen lernen wir also die Verantwortung zu übernehmen, unsere Zukunft zu gestalten. Und zu dieser Zukunftsgestaltung gelangen wir nur indem wir uns immer wieder der neuen Menschlichkeit hingeben können, die grundsätzlich in uns selbst ihre Möglichkeit zur Entfaltung bietet.

Und heute, an der Hundertjahrgedenkfeier der Einwanderung unserer Vorfahren in Brasilien, ein Land das unsere Väter aufgenommen hat und dem gegenüber wir Verantwortung tragen, gedenken wir auf Grund unseres menschlichen Bewusstseins, der Väter innigste Sehnsucht, der Väter ruhmvolle Lebzeiten, "die wie alte Lieder sind - Man hört sie an und keiner spricht und jeder lauscht und jeder sinnt hernach bis in die Nacht."

I Encontro de Família - Augusto Pestana/RS - 1969

O primeiro encontro de família aconteceu na cidade de Augusto Pestana/RS no dia 15 de maio de 1969. A festividade teve três momentos: encontro no salão comunitário da Comunidade Santo André,celebração de culto na Igreja Evangélica de Confissão Luterana e cerimônia no cemitério da cidade.

Reproduzimos os textos das alocuções proferidas e também o jogral apresentado neste dia. Eles estão em língua alemã.